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Josefa já chamava a atenção. O comportamento equilibrado modifica-se dia a dia, com isso os de casa davam mostra de preocupação -, Pobre Zefinha!

Cada vez que se dirigia a própria alcova, se dava a real revolução do seu modo de ser. Naquele ambiente Josefa se transformava, o que se observar era uma viva demonstração de perturbação. De sua boca acostumada as rezas os impropérios fluíam com facilidade, uma fúria incontida tomava conta da pobrezinha! Saída dali aos poucos se aquietava. As crises tinham com certo apenas o lugar, o que variava era a intensidade do desequilíbrio e para isso bastava Josefa abrir o guarda-roupa que o bicho pegava...!

Ninguém guardava mais duvidas existia ali dentro do guarda-roupa alguma coisa, que provavelmente se materializava diante dos olhos de Josefa e influía diretamente no comportamento da Dona de casa. No início não davam muita importância ao caso, e lembravam que houve períodos de acomodações. Com o casamento e nascimento dos filhos as “boas línguas” de pronto ditaram a sentença –, Via-se que era só falta...

As crianças cresceram, muitas mudanças sobrevieram, inclusive, a tão falada rotina conjugal. O marido tornou-se inconveniente, glutão e muito cômodo, já não correspondia aos anseios da esposa, devotada era agora quase uma Amélia. Diante da apatia e dos constantes transtornos emocionais da jovem Senhora novamente a maledicência voltava a criatura para tela de suas observações – Tão vendo como antigamente, sem dúvida Josefa sofre do mal da falta de homem!
Em parte os maldizentes, e, de certa forma, tinham razão... Contrabalançando a situação sobrava-lhe: compromissos e afazeres domésticos, que tiram o sossego de qualquer mortal. E aquele monstro que crescia dia pós dia lá dentro do guarda-roupa!

Sabe-se de relatos históricos sobre seres de sete cabeças, muitos braços, língua de fogo e e grande volume, mas, nenhum ser mitológico ganhava daquele em capacidade de assombrar, se lhe fosse contar as pernas e braços pelas muitas calças e camisas, cuecas, saias, vestidos... Ademais deduzia-se que a coisa era de apetite voraz entre as peças de vestuário se contava toalhas de mesa, guardanapos entre outras peças e trapos...
O Abominável possuía ainda a capacidade de avolumar-se assombrosamente!

Desarrazoada, Josefa, perdia de todo as estribeiras quando via aquilo tudo entocado lá dentro do guarda-roupa, agravando-se o seus estados a cada retirada de roupas do varal -, O fato é que a coisa se esparramava, se espalhando pelo chão do quarto.

O desfecho seria cômico se o trágico não houvesse acontecido.
Comovidos, os seis filhos e o marido preguiça, com os constantes, e supostos, desequilíbrios de Josefa depois de detectarem a raiz do problema resolveram dar cabo a situação. "Comovidos" com a proximidade do aniversário de Josefa de imediato foram em caravana ao comércio. Retornando com suas caras de “bons samaritanos” trouxeram-lhe, dois pacotes bem embalados em forma de presente -, Olha que temos aqui, Presentinho, pra nossa querida Zefinha!

Um sorriso brilhante se lhe estampou naquele rosto. Deparando-se com os objetos, que não eram esperados e incapazes de estimular qualquer tipo de prazer, o sorriso antes radiante foi se modificando tornando-se amarelado e quase insano naquele rosto que envelhecera precocemente ante as muitas decepções.

Oportunamente com a calma, que se pode suspeitar da superveniência do perigo, o monstro que assombrava a infeliz Dona de casa aos poucos foi perdendo suas forças sob as pranchas ardentes dos ferros de passar que lhe foram presenteados.
Ao final de mais ou menos uma hora o que sobrou de toda a historia foi uma nuvem de fumaça que subia buscando com ansiedade por uma saída entre as frestas do telhado do quarto de passar, e as gargalhadas histéricas aplaudidas pela loucura de Josefa que ecoavam pelos cantos da casa.

Sem dar trégua os maldizentes acompanharam a o cortejo com suas línguas afiadas e ferinas.
“Como vão fazer aqueles filhos, e o marido, tão bom não arredava o pé de dentro de casa...?”
“Comadre, Zefinha, era uma mulher carente e a senhora sabe do que estou falando”
“Via-se, pelos seus ataques – A história dessa mulher não poderia ter tido outro fim”.

Texto agregado el 17-12-2009, y leído por 137 visitantes. (2 votos)


Lectores Opinan
17-12-2009 me gustó. te dejo mis eternas supernovas. el_mesiaz
 
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